sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Na Bardaria

18h30.

Deu o horário para encontrar as Bias. Sai correndo e fui a primeira chegar, o que particularmente eu gosto. Sentei na calçada, a Bia Yumi foi a segunda a chegar e logo depois a Bia Lena.

Primeiro jantamos no Lamen-Açu: Yumi pediu Shoyu Lamen, porque ela gosta dos simples, Bia Lena pediu Miso Lamen, porque ela gosta dos tradicionais e eu pedi o Amazon Lamen porque eu gosto dos estranhos.

Rimos, comemos, conversamos, rimos, bebemos, conversamos, rimos, comemos, pagamos.

De lá fomos para o Sukiya comer sobremesas.

Rimos, comemos, conversamos, rimos, bebemos, conversamos, rimos, comemos, pagamos.

De lá fomos para uma bardaria (um bar meio padaria hehe me senti genial com este trocadilho!) que não sei o nome. O lugar mais exótico de todos que fomos nessa noite. Tinha uma moça andando vestida de unicórnio (com chifre, peruca e vestido temático), tinha uma família tradicional jantando, tinha casal brigando, tinha casal se pegando, tinha homens que a única companhia era o copo de pinga, tinha um senhor comendo sanduíche como se fosse 7h da manhã (apesar de serem 2h da manhã), tinha uma senhora que a gente tinha certeza que veio direto das gravações de Harry Potter com seu penteado peculiar, tinha crianças correndo, tinha uns motoqueiros sem moto. Enfim, tinha uma grande diversidade de pessoas, incluindo nós!

Rimos, comemos, conversamos, rimos, bebemos, conversamos, rimos, comemos, e antes de pagar me veio o pensamento de como aquela noite estava sendo incrível.

(depois de pagar a sensação continuou hahah É só que aquele foi o momento que me desconectei um pouco de tudo que estávamos conversando, rindo e compartilhando para me concentrar em achar o cartão - e essa brecha me permitiu perceber a alegria que eu sentia em estar ali, naquele momento)

O que tornava aquele momento sensacional (além daquele cenário com figurantes espetaculares que foram um diferencial para a nossa memória e para a cinematografia da história) era o fato que estávamos em três pessoas que se gostam muito, se conhecem muito, se preocupam muito uma com as outras, apreciam a companhia e os conselhos uma das outras, com muitas histórias pra contar, vontade de ouvir e que conseguem transformar qualquer assunto em algo interessante para se conversar (qualquer mesmo: Instagram, política, meritocracia, Cabify x 99 Taxis, diálogos do Whatsapp, comidas boas, comidas ruins, música, histórias do passado, relacionamentos, pessoas bonitas, cabelos, falta de cabelos, maquiagem, Lojas Mel e uma infinidade de assuntos que possa caber dentro da definição de "qualquer coisa"). Tínhamos muito amor se personificando em detalhes como indicação de doces, internet roteada e aguardar os motoristas todas juntas e ter certeza que ninguém iria ficar em nenhum momento sozinha.

Eu - que sempre gostei da ideia de momentos mágicos por causa do destino, das coincidências e fico falando como tudo é cósmico (eu sei que é chato gente, estou parando) - de repente percebi que o o que realmente tornava o momento mágico e incrível era só o fato de nós três nos gostarmos e querermos estar ali, se divertindo, sem pretensão de ser mais descolada do que já não somos, mais inteligentes, mais bonitas ou mesmo menos confusas.

Querer estar exatamente onde você está, ficar feliz por ser quem você é, vivenciar o momento despretensiosamente e apreciar as companhias que temos torna tudo mais mágico do que qualquer coincidência que possa acontecer. Ontem não nos encontramos por acaso ou pela força do cosmos, marcamos e ali estávamos e foi mágico exatamente por ser assim :)

Não foi o local, a comida ou o evento que tornou aquela noite legal, mas sim as companhias. Uma noite comum (desconsiderando algumas pessoas que estavam fazendo parte do cenário) foi uma das mais legais de todo esse ano. Tem dias, como ontem, que eu vejo que a gente não precisa de muito pra ser feliz, só precisamos dos amigos certos.

Escrito em setembro de 2017

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